terça-feira, 26 de junho de 2012

Ilusões

"Toda vez que você se ilude, torna mais longo seu caminho." Zíbia Gasparetto
Sábias palavras. Mas a questão é: como identificar nossas ilusões? Quando se trata de questões pessoais, é muito complicado. Conforme me decepciono, automaticamente uma porta dentro de mim se fecha. Várias já se fecharam. Agora, para ultrapassá-las, é necessário merecer. Quanto mais o tempo passa, mais penso como Caio Fernando Abreu: "Amadureci um pouco, desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções." A cada dia percebo que raríssimas são as pessoas merecedoras de confiança. Há muita gente por aí vendendo uma imagem de bondade e caráter que não existe. Infelizmente, só descubro isso quando me machuco.
Costumo me fazer diversas perguntas, tomo o maior cuidado para evitar as decepções mas nem sempre - ou melhor, quase nunca - obtenho sucesso nesta tarefa. Me pergunto o que é que está errado comigo? Concluo que ainda acredito na sinceridade das pessoas, por mais que o mundo me mostre o contrário e que já tenha vivenciado situações que me provem que o ser humano (a grande maioria) não é confiável; há sempre um fiozinho de esperança que sussurra dizendo "ainda existem pessoas que valem a pena neste mundo". Por mais que eu tente, não consigo desacreditar totalmente nisso! Sinceramente, gostaria muito de crer que não há mais esperanças. Seria bem mais fácil para mim aceitar os fatos pensando desta forma. Mas não; tem um pedacinho de mim, bem lá no fundo, que não me deixa desacreditar de tudo. Por mais que eu creia que o ser humano é ruim por natureza e que  bondade é exceção à "regra". Talvez isso ocorra devido a minha fé em Deus, que não permite desistir de ter esperança.



"Frequentemente a prova da coragem não é morrer, mas viver".
Vittorio Alfieri





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